De 25 a 27 de Setembro de 2025, o Pavilhão Carlos Lopes voltou a ser palco da Homeing – Interior Design, Hotel & Home Living, um evento que reuniu arquitectos, designers e marcas de referência para reflectir sobre tendências e práticas que marcam a qualidade dos espaços que habitamos. Este ano, o tema foi “Quiet Luxury”, uma abordagem que valoriza a autenticidade, a identidade e a exclusividade, traduzidas em espaços que privilegiam o conforto, os materiais naturais e uma estética intemporal.
A filosofia do Quiet Luxury, conforme discutida no evento, centra-se em ambientes personalizados, materiais naturais e peças com carácter, onde cada elemento tem uma razão de ser. Neste contexto, as plantas deixam de ser um mero adorno e passam a integrar a memória e a identidade do projecto, ajudando a compor a paleta de texturas, a modular a luz e a criar enquadramentos que valorizam a arquitectura sem a sobrepor.
Convidada para um dos painéis, a Eng.ª agrónoma e designer de interiores Vera Quintas, que integra o departamento de interiores do Horto do Campo Grande, baseou a sua intervenção na ligação entre qualidade de vida e qualidade dos espaços, mostrando como a introdução prévia de elementos verdes em projectos de arquitectura e decoração de interiores potencia e valoriza os espaços, tornando-os mais saudáveis, confortáveis e duradouros. Como destacou Vera Quintas, “as plantas desempenham um papel essencial na purificação do ar, ajudando a remover substâncias nocivas como o formaldeído ou o benzeno, pela libertação de oxigénio e o aumento da humidade do ambiente. Espécies como a Sansevieria trifasciata, o Clorophytum, a Hedera helix ou o Spathiphyllum são exemplos de plantas que, discretamente, melhoram a qualidade do ar e tornam os ambientes interiores mais saudáveis.”
Mas os benefícios não se esgotam na dimensão física. A presença de plantas tem um efeito directo no bem-estar emocional, contribuindo para a redução do stress e da ansiedade e para o aumento da concentração. O conceito de design biofílico – a recuperação da relação com a natureza nos espaços construídos –, esteve no centro da intervenção e foi apresentado com dados e exemplos práticos. A incorporação de elementos naturais não é apenas estética: há evidência crescente de que ambientes com presença vegetal melhoram o bem-estar, a concentração e a capacidade cognitiva, e promovem estados de maior serenidade e criatividade. Estudos e relatórios sobre design biofílico e ambientes de trabalho mostram correlações positivas entre a presença de elementos naturais e indicadores de saúde e produtividade. Como sublinhou Vera Quintas, “a jardinagem e o contacto com as plantas melhoram o humor, combatem a tristeza e despertam a criatividade”, e ainda tornam os ambientes mais vivos e inspiradores.
Na vertente estética, as plantas assumem-se como elementos versáteis e intemporais. Podem delimitar áreas, criar privacidade, suavizar linhas arquitectónicas rígidas ou mesmo dar identidade a um espaço. A sua introdução confere harmonia e equilíbrio, tornando casas, escritórios ou espaços públicos mais acolhedores. Além disso, valorizam os imóveis e contribuem para uma melhor percepção estética e funcional dos ambientes urbanos.
A participação na Homeing 2025 foi também uma oportunidade para reforçar a mensagem do Horto do Campo Grande: integrar o verde desde o início do projecto arquitectónico cria valor estético, ambiental e social. A palestra de Vera Quintas mostrou que o Quiet Luxury encontra na biofilia um caminho para transformar edifícios e interiores em lugares que cuidam das pessoas.
Se pretende explorar como a integração de vegetação pode transformar um projecto, desde a escolha de espécies até à concepção de sistemas de rega mais sustentáveis, pavimentos permeáveis e soluções de manutenção, contacte o Horto do Campo Grande. O trabalho que desenvolvemos combina conhecimento técnico, sensibilidade estética e experiência na execução, para que a natureza seja, de facto, parte integrante da arquitectura.
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© Companhia das Cores para Horto do Campo Grande
