A sede da KPMG, em Lisboa, acaba de ganhar um novo piso, após uma obra de ampliação conduzida pela Vector Mais, com projecto do atelier Openbook, que resultou num espaço de trabalho envolvente e inspirador que acolhe 160 colaboradores, e que tem como grande novidade o Kalm Garden, um refúgio que convida a desacelerar do ritmo agitado do dia-a-dia. 

O Horto do Campo Grande desenvolveu uma proposta alinhada com o projecto de arquitectura de interiores, com assinatura Openbook, que se foca no bem-estar, eficiência e sustentabilidade, e que contemplou uma selecção criteriosa de plantas e materiais, que atendem às especificações de design e funcionalidade que o projecto exigia. “Foi o briefing detalhado e o ambiente idealizado pela Openbook que orientou a nossa escolha de plantas, e soluções para este projecto; pelas múltiplas funções que viriam a assumir nos diferentes ambientes: decorativa, delimitação de áreas, barreira acústica, purificadoras, etc, e que por outro lado melhor se adaptavam às condições de luminosidade do local, e às necessidades de manutenção”, refere Vera Clara, arquitecta paisagista, responsável pelo Departamento de Construção de Espaços Verdes do Horto do Campo Grande.

Entre as espécies fornecidas e plantadas pelo Horto do Campo Grande, destacam-se a Chamaedorea elegans e a Dieffenbachia seguine, nos open spaces, pelo resultado harmonioso e equilibrado que conferem aos locais onde são inseridas. Em zonas de maior concentração de pessoas, a escolha recaiu em Philodendron Imperial Green e em Spathiphyllum, pela sua acção purificadora do ar. As plantas – Ficus lyrata, Monstera deliciosa, Strelitzia nicolai, e Howea fosteriana – foram colocadas em vasos, com o objectivo de criar apontamentos naturais em áreas estratégicas do escritório. Foram escolhidos vasos em ficonstone, um material durável, e com um acabamento luxuoso que lembra o coral e nos projecta para o encanto do oceano. Este acabamento é conseguido através de uma técnica especial, onde as cores são pulverizadas à mão em múltiplas camadas, resultando em peças verdadeiramente únicas. Todos os vasos receberam um tratamento de isolamento no interior, realizado nas oficinas do Horto do Campo Grande, uma técnica utilizada nas floreiras Horto Collection, e que para além de garantir estanquicidade prolonga a sua durabilidade.

No Kalm Garden, cujo objectivo era criar um “oásis de serenidade”, foram propostas Dypsis lutescens, Nephrolepis exaltata, e Plebodium aureum blue star, que contribuem, juntamente com os restantes materiais escolhidos, para se alcançar um ambiente calmo e orgânico. “Uma proposta fundamentada no conceito do design biofílico através do qual arquitectos e designers de interiores incorporam elementos da natureza em ambientes construídos, transformando-os em lugares inspiradores e revigorantes que promovem o bem-estar físico e emocional”, explica-nos a Eng.ª e designer de interiores Vera Quintas, coordenadora do projecto.

Como a neurociência demonstra, a proximidade com a natureza tem um efeito positivo na saúde humana física e mental. A inclusão de plantas naturais e de outros elementos da natureza na decoração dos espaços, não só é benéfica numa perspectiva estética, como pelas vantagens de purificação do ar e de promover a calma e a concentração.

Vários estudos comprovam que todo o ser humano tem necessidade de se conectar com a natureza, pelos efeitos positivos que tem no seu dia-a-dia e, por essa razão, a introdução de plantas nas nossas casas e em ambientes corporativos, onde passamos grande parte do nosso tempo, para além da beleza natural que proporcionam, purificam o ar e promovem a calma e a concentração. “Um conceito que se materializou na perfeição no Kalm Garden, que pretende inspirar, através da sua estética visual, mas também induzir uma sensação de calma, felicidade e segurança, estimulando a satisfação laboral e a produtividade dos colaboradores”, conclui a arquitecta Vera Clara.

O Horto do Campo Grande foi também responsável pela criação de um impressionante jardim vertical, composto por plantas liofilizadas naturais – processo de conservação que recorre a uma técnica de secagem que remove a humidade das plantas, mantendo a folhagem, textura e integralidade. “Os jardins verticais são uma solução criativa e funcional para rentabilizar áreas disponíveis, tornando os ambientes mais “vivos” e convidativos e também uma forma de destacar um espaço pela diferença e inovação. Neste projecto, o objectivo foi criar uma “mancha” natural de grande impacto visual que promovesse um microclima saudável e agradável. Tratando-se de um ambiente corporativo, o jardim vertical 100% liofilizado natural em líquen foi a nossa proposta por dispensar irrigação, luz natural, e por ser pouco exigente em termos de manutenção”, explica-nos Vera Clara.

“Este foi um projecto desafiante que nos enche de satisfação e orgulho. Sermos escolhidos pela nossa expertise técnica é um reconhecimento do nosso compromisso com a qualidade, não só das soluções que aplicamos, como pelo serviço que prestamos, desde o apoio no início de projecto, sobre quais as soluções de paisagismo mais viáveis e inovadoras, até à sua implementação e manutenção, sempre em estreita coordenação e diálogo com as equipas, neste caso da Openbook e Vector Mais. Mas o verdadeiro valor está em saber que contribuímos para transformar a experiência em mais um espaço corporativo, numa experiência quotidiana mais saudável e benéfica para os colaboradores da KPMG, atendendo às necessidades operacionais da empresa e criando um espaço que é simultaneamente funcional e inspirador.” conclui Vera Clara.

SAIBA MAIS SOBRE AS PLANTAS DESTE PROJECTO

© Companhia das Cores para Horto do Campo Grande