Modernizar e dinamizar o imponente piso de entrada, com novas funcionalidades e ambientes, foram a base de trabalho de Savills para a obra de reconversão das zonas comuns do carismático Edifício Green Park, em Lisboa. O Horto do Campo Grande fez parte deste projecto em que a interacção com a natureza foi privilegiada, na selecção e implementação das plantas mais adequadas aos espaços interiores.
Junto à Praça de Espanha, numa prestigiada zona de Lisboa, ergue-se o edifício Green Park. Com mais de 62.000m² de área de construção, este complexo conjuga uma exclusiva zona residencial com áreas de escritórios e comércio. Pelo enquadramento urbanístico e distinto traço arquitectónico, o Green Park é um dos empreendimentos reconhecidos da capital e que marcam a cidade. Mas, após sucessivas intervenções, o imponente edifício lisboeta encontrava-se descaracterizado e desajustado em relação aos tempos modernos e às novas tendências.
Tirando partido do seu enorme potencial, no que diz respeito às suas generosas áreas e qualidades espaciais e constructivas, a equipa de arquitectura da Savills desenvolveu um projecto com o objectivo de “modernizar os espaços comuns, implementando novas áreas de estar, de trabalho e lazer, enaltecendo as características arquitectónicas subjacentes, a linguagem nobre, espaços amplos e pés-direitos generosos do edifício”, explica.
Modernização & Novos Conceitos
A ideia principal assentou na intenção de transformar o piso de entrada em algo mais do que uma “simples” recepção. “Procurou-se dinamizar esta grande área com cerca de 1.000m² através da introdução de diversas funcionalidades e novos ambientes”. Na nova distribuição de espaços “redefiniu-se a posição da recepção no centro do openspace, com heras e luminárias suspensas, o que deu uma nova vida a este fantástico pé-direito de 20 metros de altura, anteriormente esquecido e desaproveitado”.
Além de uma nova recepção, a remoção das antigas floreiras e dos desactivados lagos artificiais “deram lugar a zonas de lounge e à implementação do conceito de WorkCafé, numa redefinição total das funções no novo openspace”, contam-nos, sublinhando que este novo conceito foi “pensado para ser uma zona que permite fazer refeições ligeiras, desfrutar de uma pausa, ou até mesmo para reuniões rápidas”.
A par destas áreas, projectaram-se dois pequenos anfiteatros destinados a apresentações informais, três salas de reuniões e zonas de lounge e de trabalho informal.
O projecto foi desenvolvido “com base no conceito industrial, a nobreza e estética sóbria do edifício foi preservada e, simultaneamente, complementada com detalhes mais contemporâneos”. Para isso optaram por incluir, de forma pontual, alguma cor e elementos naturais, como madeira e plantas.
Agora, no lugar de um antigo hall com ambiente austero, vive um espaço amplo e moderno, onde apetece estar.
O poder das plantas no projecto “Edifício Green Park”
Com vista à utilização mais prolongada destes espaços, que se abrem num convite para desfrutar de uma pausa num ambiente confortável, a Savills optou por colocar várias plantas que “conferem vida, conforto e bem-estar ao espaço” dizem-nos, explicando-nos que “estas zonas verdes consubstanciam-se como elementos escultóricos que evocam a natureza no espaço construído, como elementos de complementaridade entre o espaço interior e exterior, e de valorização do sistema de vistas para o exterior, mas também como elementos delimitadores entre espaços e que favorecem a reclusão das restantes zonas, sem nunca imporem uma quebra visual restritiva”. Foi tudo isto o que o projecto da Savills trouxe aos novos espaços comuns do Edifício Green Park, onde o Horto do Campo Grande esteve envolvido.
As propostas do Horto do Campo Grande
“Dotar o espaço de uma sensação de frescura, utilizando plantas típicas de interior, adaptadas ao nosso clima, que despertem os sentidos, suscitem a curiosidade por parte do utilizador e tornem os espaços mais convidativos e criativos” – Savills
Da análise do projecto desenvolvido pela Savills e em particular da localização das floreiras e plantas, o Horto do Campo Grande propôs uma selecção de espécies que melhor se adaptariam aos diferentes ambientes das áreas comuns e que fossem ao encontro dos objectivos estabelecidos para os espaços.
Vera Quintas, da equipa Horto do Campo Grande e responsável pelo acompanhamento do projecto, explica-nos que a escolha foi feita em função da orientação solar dos diferentes espaços, da existência de luz natural e da sua intensidade. A parte estética e funcional foi também um ponto importante a ter em consideração na selecção das plantas, optando-se sempre pelas que melhor resultavam visualmente em cada local.
“Para as floreiras em que nos foi pedida “vegetação leve”, optámos por colocar apenas Chamaedorea elegans, para que a sua simplicidade e elegância contrastasse com um «mix» de plantas mais divertida e variada, com tamanhos, formas e cores diferentes, presentes nas restantes floreiras.”
Atentos à exposição solar de cada local definido pela Savills para a colocação das plantas, optámos por combinar Strelitzias Nicolai, de folhagem verde exuberante e que se fazem destacar em qualquer espaço, com as exóticas Croton Petras, as Dypsis Lutescens, mais conhecidas como Arecas, e as famosas e resistentes Espadas de São Jorge. Nas outras floreiras, com menor exposição solar, optou-se por conjugar Calatheas Ornatas, Lírios da Paz e Zamioculcas Zamifolias, com as Espadas de São Jorge e as Chamaedorea Elegans presentes nas outras floreiras, “para criar uma maior harmonia visual”.
Na zona das escadas a opção recaiu em combinar as versáteis Philodendron Xanadu de folhas verdes brilhantes, com as Hederas Hera. Por fim, para a decoração das luminárias suspensas, foram utilizadas heras artificiais.
Conheça as plantas existentes neste projecto
© Horto do Campo Grande
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