Propriedade do premiado Elegant Group que integra o Martinhal Family Hotels & Resorts, especialistas em experiências familiares de luxo, o Martinhal Residences, com projecto do arquitecto de renome internacional Eduardo Capinha Lopes, é um empreendimento contemporâneo premium que oferece apartamentos confortáveis, elegantes e modernos e alia comodidades magníficas aos excelentes serviços do Martinhal, para uma vida familiar de luxo, numa zona moderna da cidade de Lisboa, o Parque das Nações.

Projecto de paisagismo e sua execução

O projecto de paisagismo, da autoria do atelier Ceregeiro – Arquitectura Paisagista, Lda., engloba todos os espaços exteriores, – que se localizam em diferentes pontos no edifício e em toda a área envolvente ao lote, que se integra, por sua vez, no projecto geral de arquitectura – foi integralmente executado pelo Horto do Campo Grande.

O projecto de paisagismo classificou o universo de intervenção por sectores, identificando as características climáticas e microclimáticas em cada um deles, estabelecendo uma correlação directa entre as espécies seleccionadas e a disponibilidade de solo sobre laje. A selecção vegetal proposta é representativa do contexto geográfico/bioclimático – plantas autóctones, associadas a espécies ornamentais, teve em conta a sua compatibilidade, crescimento e dominância das espécies vizinhas entre si, com vista a uma manutenção menos exigente. Todo o espaço plantado foi equipado com uma rede de rega gota-a-gota, para uma gestão sustentável da água, assim como redes de drenagem, na garantia de um jardim bonito e saudável. O HCG foi a empresa responsável pela execução de todos os trabalhos de paisagismo.

Floreiras e canteiros

O edifício caracteriza-se pela sua geometria modular, presente nas diferentes saliências que as fachadas apresentam, varandins, onde se destacam os conjuntos compostos por floreiras e canteiros. Estes conjuntos distribuem-se ao longo de cada piso (do piso 2 ao 14), sem uniformidade dimensional, e sem relação entre pisos, introduzindo um efeito “aleatório” às fachadas, que a vegetação vem reforçar.

Cada conjunto tem pelo menos uma floreira, onde foi instalada uma Oliveira (Olea europaea), de dimensão reduzida, com tronco já formado (instalada com um sistema de fixação – ancoragem). Por sua vez o canteiro, com uma base em betão, foi prolongado com uma bainha de cerca de 35 cm, composto por um conjunto de várias caixas (para se conseguir um melhor manuseamento e controlo de pragas no solo), dispostas de acordo com a sua localização no edifício (fachada), onde depois de devidamente revestidas a tela geotêxtil, foi colocado o substrato de fixação das diferentes plantas. Desta forma conseguiu-se ter a floreira com a Oliveira, e o canteiro com espécies herbáceas, arbustivas e sub-arbustivas. Com uma ocupação central arbustiva, um revestimento herbáceo e de gramíneas do lado da habitação e uma cobertura herbácea com capacidade de escorrer, do lado de fora (fachada), mantendo ocupações pouco densas e deixando aberturas a partir dos vãos. O ritmo do crescimento e evolução será acompanhada pela equipa de manutenção do HCG, para evitar o crescimento de copas para além da capacidade de suporte de fixação das espécies.

As caixas que constituem as diversas floreiras (num total de 770) foram todas construídas nas oficinas do Horto do Campo Grande, em chapa zincada e pintada com tinta anticorrosão e acabamento mate, um material leve (que não agrava a carga sobre o varandim) e resistente, o seu interior foi devidamente isolado com fibra de vidro e resina (uma técnica desenvolvida e testada nos produtos HC – Horto Collection), e colocadas em obra com o recurso a monta-cargas. Foram todas equipadas com um sistema de drenagem para garantir o saudável desenvolvimentos das plantas.

No fundo das floreiras foi adicionada uma grelha metálica que facilita o escoamento interno da água em excesso (drenagem das terras).

Cada piso do edifício contempla um ponto de gestão automática de rega. Tendo sido instalados dois sistemas de rega para as varandas, as floreiras (Oliveiras) com rega radicular, e os canteiros (Arbustos) com rega gota-a-gota, ambos integrados no mesmo processo.

A execução deste projecto diferenciado, teve uma dificuldade acrescida pela individualidade que cada conjunto floreira + canteiro apresenta, ultrapassado pela experiência adquirida ao longo dos anos pelo departamento de produtos à medida das oficinas HCG. Toda a sua instalação teve de recorrer a um rigoroso planeamento, pela necessidade de correspondência das peças produzidas para pisos e apartamentos específicos, e também pelas condições de acessibilidade, a altura do edifício e das plataformas, a maior parte dos trabalhos decorreram com o recurso a grua, monta-cargas, fazendo-se a movimentação do pessoal em andaimes e pela imensa escadaria até ao piso 15, seguindo rigorosos protocolos de segurança.

Seguir-se-á uma manutenção exigente e pouco convencional, feita através de bailéu (recorrendo a estruturas suspensas na fachada), dado que a maioria das floreiras contacta com vãos de sacada que se encontra nas diferentes fachadas do edifício.

Rooftop do edifício e jardim vertical numa das penthouses

Jardins verticais

Foram desenvolvidos vários trabalhos adicionais, de mais-valia ao projecto, nomeadamente 12 jardins verticais naturais, que servem de parede divisória nas varandas das penthouses no piso 14, assim como plantação de Oliveiras e arbustos no rooftop (piso 15), futura zona de lazer comum do edifício.

Corte
Zona envolvente

Zona envolvente

A partir do mês de Dezembro (2021), deu-se início, em paralelo, aos trabalhos na zona envolvente, composta pelo ajardinamento de seis enormes plataformas em betão, junto ao jardim do Cabeço das Rolas, com tapete de relva, e plantação de árvores e arbustos em canteiros.

Conheça algumas das plantas seleccionadas para este projecto

Floreiras e canteiros – Oliveira – Olea europeae, Murta – Myrtus communis, Hibisco – Hibiscus rosa sinensis, Folhado – Viburnum tinus, Rosa sp;

Rooftop – Oliveira – Olea europeae, Oleagno – Eleagnus pungens

Zona envolvente – Tapete de relva, Ameixeira de jardim – Prunus cerasifera, Zambujeiro – Olea sylvestris, Bela Emília – Plumbago capensis, Hera – Hedera helix, Vinha virgem – Parthenocissus tricuspidata, Espargo – Asparagus.

© Companhia das Cores para Horto do Campo Grande