Conheça as plantas ideais para um jardim de inspiração mediterrânica de baixa manutenção! Quando pensamos num jardim bonito e sustentável, é natural imaginarmos um espaço que floresce com pouco esforço e que se mantém verde e equilibrado, mesmo nos dias mais quentes do ano. Essa ideia pode parecer um sonho distante, mas a verdade é que a chave pode estar, simplesmente, em dar protagonismo às plantas que estão bem-adaptadas ao nosso clima mediterrânico.

As espécies autóctones, que cresceram por cá durante séculos, moldadas pelo sol, pelas chuvas e pelas características das diferentes estações, desenvolveram defesas naturais e não necessitam de cuidados especiais. São mais resistentes às pragas, toleram melhor a falta de água, ajudam a preservar a identidade da nossa paisagem e têm um papel essencial na protecção da biodiversidade. São alimento e abrigo para muitas espécies nativas de insectos e aves, o que significa que um jardim com este tipo de plantas é também um espaço mais vivo e equilibrado.
Surpreenda-se! Optar por este tipo de vegetação não significa abdicar de cor ou textura, existe uma enorme variedade de plantas autóctones com floração exuberante, aromas intensos e formas fantásticas. Seja para colocar num terraço soalheiro, num pátio mais sombrio ou num jardim térreo, a planta “portuguesa” perfeita para o seu espaço existe.
Conheça a selecção que elaborámos para si e que poderá encontrar ou encomendar num dos nossos centros de jardinagem ou online.

QUAIS SÃO AS PLANTAS AUTÓCTONES DE EXTERIOR ADAPTADAS AO CLIMA MEDITERRÂNICO?

Árvores

  • Oliveira (Olea europea): Árvore muito comum na flora portuguesa, é de pequeno porte e tem a copa arredondada. Tem crescimento lento e está muito bem-adaptada a toda a região mediterrânica. É uma espécie histórica, de tronco rugoso e folhagem persistente e acinzentada.
  • Sobreiro (Quercus suber): Árvore que simboliza Portugal, produtora de cortiça, adapta-se a solos pobres e é resistente à seca.
  • Azinheira (Quercus ilex): Árvore nativa da região mediterrânica e abundante em Portugal. É largamente utilizada desde a Antiguidade para a produção de lenha e carvão. Tolera temperaturas altas e secura extrema, actuando como protectora do solo.
  • Pinheiro-manso (Pinus pinea): Árvore originária da região Mediterrânica, amplamente disseminada no nosso país. Com uma copa característica por ser plana e arredondada, é uma árvore aproveitada desde a pré-história como fonte de alimento, devido aos pinhões que produz. Pode chegar aos 30 metros de altura embora, normalmente se encontre entre os 12 e os 20 metros.
Sobreiro (Quercus Suber)
Pinheiro-manso (Pinus pinea)

Arbustos

  • Esteva (Cistus ladanifer): Arbusto resistente com flores brancas ou rosadas e folhas verde acinzentadas. Adapta-se bem a solos secos e requer exposição solar intensa.
  • Medronheiro (Arbutus unedo): Conhecido pelos seus frutos comestíveis (os medronhos), este arbusto é resistente ao calor e ao frio, sendo também ornamental.
  • Loureiro (Laurus nobilis): Arbusto perene com folhas aromáticas muito utilizadas na cozinha mediterrânica, muito resistente à seca.
  • Aroeira (Pistacia lentiscus): Arbusto aromático e resinoso, com folhas persistentes e flores amareladas ou avermelhadas. É nativo da Europa Mediterrânica e desenvolve-se em todo o tipo de solos. Serve de protecção e alimento a pássaros e outra fauna.
  • Aderno (Phillyrea angustifolia): Arbusto de folhagem persistente e ramos flexíveis. É famoso pela sua floração esbranquiçada e perfumada.
  • Murta (Myrtus communis): Arbusto perene de folhas aromáticas e flores brancas. Presente em muitos jardins e paisagens naturais do país. Conhecida desde a Antiguidade clássica, é conhecida pelas suas propriedades aromáticas e medicinais.
  • Sabugueiro (Sambucus nigra): Árvore de copa arredondada, flores brancas e frutos negros comestíveis, é utilizada em sebes.
  • Zimbro (Juniperus communis): Arbusto perene com bagas azul-escuras e folhagem verde-escura. É originário da América do Norte, mas perfeitamente adaptado à região mediterrânica. Resistente à seca, é ideal para bordaduras e áreas rochosas.
Esteva (Cistus ladanifer)
Medronheiro (Arbutus unedo)
Loureiro (Laurus nobilis)
Sabugueiro (Sambucus nigra)
  • Giesta (Cytisus striatus): Arbusto com flores amarelas, comummente conhecido como giesta-portuguesa, adapta-se a solos pobres e é resistente à seca.
  • Corriola (Convolvulus althaeoides): Planta trepadeira com flores rosadas, adequada para cobrir muros ou treliças, é resistente e de fácil manutenção.
Giesta (Cytisus striatus)
Corriola (Convolvulus althaeoides)

Aromáticas

  • Alfazema comum (Lavandula angustifolia): Arbusto aromático com flores lilases. É considerada a lavanda mais resistente e adaptada ao nosso clima. Tolera bem a seca e é ideal para zonas soalheiras.
  • Alecrim (Rosmarinus officinalis): Arbusto aromático de folhas perenes e flores azuladas, resistente à seca e é amplamente utilizado na culinária.
  • Alecrim rasteiro (Rosmarinus officinalis prostratus): Arbusto idêntico ao alecrim comum, muito resistente e utilizado em jardins, mas de crescimento rastejante, ideal para situações de cobertura de solos.
  • Tomilho-serpão (Thymus serpyllum): Planta rasteira aromática com flores rosadas, ideal para cobrir o solo em áreas soalheiras, é resistente à seca.
  • Santolina (Santolina rosmarinifolia): Pequeno arbusto aromático de folhas verdes e flores amarelas em forma de botão, tolera bem a falta de água.
Alfazema comum
(Lavandula angustifolia)
Alecrim
(Rosmarinus officinalis)
Tomilho-serpão
(Thymus serpyllum)
Santolina
(Santolina rosmarinifolia)

© Companhia das Cores para Horto do Campo Grande