Ao longo de mais de 40 anos de actividade, o Horto do Campo Grande criou verdadeiros laços de amizade com clientes particulares, institucionais e empresariais, relações que assumem, nesta época do ano, um simbolismo especial. Na quadra de Natal são muitos os que visitam os nossos gardens – Campo Grande, Quinta da Eira e Fernão Ferro –, em busca de enfeites especiais, peças ou elementos decorativos inspiradores para transformar as suas casas e organizações em locais onde a magia do Natal acontece.

Foi durante estas visitas tão especiais para nós que convidámos alguns dos nossos clientes a partilharem connosco as suas memórias de Natal e também quais os elementos que este ano não podem faltar na sua decoração natalícia.

Natal tem cheiro e são os aromas da quadra que conservo na memória. O cheiro do pinheiro ou da sua resina, do musgo ainda com viço, da canela que traceja o arroz doce imaculado, porque sem gemas, ou melhor ainda se for aletria, do açúcar queimado pela férrea e que coroa o leite-creme…

Natal é brilho, luz, canções que se ouvem à exaustão, sempre as mesmas todos os anos. E até os corações se amaciam. Pena que seja por tão pouco tempo.

Há sempre duas árvores, uma no monte outra na casa de Sintra. A primeira mais rústica, este ano em tons terra a partir de uma árvore seca que mandei cortar e que levei de Fontanelas. A outra mais sofisticada. Este ano, já que nunca faço árvores iguais, em tons de lilás, verdes e rosas. Não carrego as casas de enfeites. O presépio nem sempre faço. Tudo leva muitas horas mas o empolgamento  que sinto é de criança.

Decoro as casas para mim e para o Rui, se bem que ele pouco ligue ao Natal. Eu sim, adoro a quadra e sei o que fazer para o ano seguinte ainda os Reis não chegaram. Não recebemos nesta quadra, até porque habitualmente é tempo de viajar, digamos que é a prenda que dou a mim próprio, já que o dia de Natal não é só do Menino Jesus.

© Companhia das Cores para Horto do Campo Grande

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